A frequência cardíaca indica a quantidade de vezes que o coração bate por minuto, e para muitos, é a medida que indica que o coração está bem. O valor normal, em adultos, varia entre 60 e 100 bpm. Porém, ela pode variar com a idade, se a pessoa faz alguma atividade física ou se possui alguma doença cardíaca.
Para quem não sabe, a frequência cardíaca tem um papel fundamental na vida dos praticantes de esporte. Isso porque ela auxilia na queima de gordura e na perda de peso. E mais: o ritmo cardíaco será determinante para a pessoa alcançar os melhores resultados no treino, não prejudicando a saúde.
Existem exercícios que prometem obtenção de ganhos rápidos, com séries e treinos exaustivos. Mas será que a frequência cardíaca, nesses casos, está sendo levada em consideração pelos desportistas?
Se você é iniciante, pense no seu coração: o importante é manter uma frequência dentro do limite adequado e ir aumentando gradualmente até atingir o limite maior (ou pelo menos 85% dele). A sequência faz com que os músculos respondam os esforços repetidos, além de exigir menos do coração para bombear sangue. Quer dizer que é preciso manter uma frequência cardíaca baixa para conseguir os objetivos desejados? Em parte. Caso seja praticante de algum esporte e seu ritmo cardíaco esteja baixo, parabéns: seu condicionamento físico é ótimo.
Com a elevação do ritmo, o condicionamento será mais exigido, o que acaba eclodindo em uma queima de gorduras. Mas nem tudo é benéfico quando ocorre tal elevação. Se for sua primeira semana no treino, você poderá até passar mal. Imagine estar no crossfit com os mais variados circuitos. Força e resistência a mil. Desacostumado por conta dos treinos intensos, surge um aperto no peito e dificuldade de respirar. Apesar de o instrutor pedir para continuar, o mais recomendado é reduzir a velocidade e controlar a respiração, a fim de normalizar os batimentos cardíacos.
Os exercícios físicos são ótimos aliados da saúde e ainda previnem o surgimento de doenças. Antes de escolher qual modalidade pretende praticar, procurar um cardiologista para coletar informações como frequência, intensidade, progressão e tempo, é o mais indicado. Independente de ser musculação ou atividade aeróbica, deixe o coração guiar seu treino.
Dra. Thais Moreno, cardiologista